sábado, 22 de agosto de 2015

GRUPO AUTO JÚLIO SAI DE PENICHE.

Já não nos bastava o gravíssimo problema da paragem dos barcos da pesca de cerco e da drástica redução das cotas para o próximo ano e consequentes problemas laborais a eles associados, para termos outra péssima notícia de âmbito empresarial e laboral, no pior sentido. O Grupo Auto Júlio, sediado nas Caldas da Rainha, onde tem o maior numero de instalações e serviços, investiu também em Peniche. O investimento em Peniche foi muito grande, há apenas 12 anos, em modernas instalações direccionadas ao ramo automóvel, stand de vendas e oficinas, na Avenida do Porto de Pesca. Além destas instalações, o Grupo Auto Júlio está presente em Óbidos, Leiria, Pombal, Porto de Mós, e Torres Vedras, onde, parra além desses serviços tem também postos de combustível low-cost, à excepção, claro, de Peniche. Como empresa dinâmica que é e virada para o futuro fez, creio que há um ano, uma proposta à Câmara Municipal para um projecto de remodelação onde estaria presente um posto de abastecimento de combustíveis low-cost. Foi por isso, com espanto, que os clientes e amigos desta empresa receberam uma carta com o seguinte teor; a partir do próximo dia 28 de Agosto encerraremos definitivamente as nossas instalações em Peniche. Esta nossa decisão deve-se à falta de interesse da Autarquia em aprovar um projecto de remodelação do nosso complexo que incluiria um posto de abastecimento low-cost, com a consequente criação de mais postos de trabalho. Será que a Autarquia fez contas a quantos postos de trabalho deixarão de poder entrar para este Grupo e aliviar o número de desempregados desta Cidade? Será que nos podemos dar ao luxo de não acolher uma qualquer empresa das que vierem por bem e investirem na nossa Terra?




3 comentários:

  1. Porque será que Peniche é o único concelho de uma vasta região (já nem falo do resto do país), sem nenhum posto de abastecimento de combustíveis "low-cost"? Aliás, não há nenhuma outra cidade com apenas dois postos de abastecimento! Apesar de não ter nenhum indício, porque não me dei a esse trabalho, não haverá nenhumas pressões das já existentes, para fazer abortar à partida qualquer tentativa de concorrência? É que costuma ser assim que em Portugal se garantem mercados sem concorrência...

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  3. Serei eu filho de Peniche? Já não sei.

    Ainda a propósito do negócio da Galp e da gasolina Low Cost. Na minha ignorância, parece-me que para a renovação da proposta da Galp pudesse ter sido renovada, em 2014, por mais 10 anos, seria necessário que se tivessem verificado algumas situações, nomeadamente:
    - A votação de um dos partidos da oposição em conjugação com os votos da coligação
    - A votação dos dois partidos da oposição em conjugação com os votos da coligação
    - A abstenção dos dois partidos da oposição e os votos favoráveis da coligação que, com a sua maioria relativa, faria aprovar a sua própria proposta.
    O que terá acontecido para que a proposta tivesse sido aprovada em vez de ter sido rejeitada pelos votos da oposição em bloco a votar contra a proposta da coligação e a favor da depauperada população de Peniche?

    Esta minha dúvida aplica-se igualmente à questão da rejeição da proposta da Auto Júlio que, durante um ano ou mais, esperou para que ela fosse analisada e posteriormente rejeitada. Com os votos de quem? A Auto Júlio não apresentou um projecto de investimento acompanhado da existência de uma bomba de gasolina Low Cost?
    Por ignorância, não consigo vislumbrar qualquer lógica ou coerência em nenhum destes dois processos / negócios. Será que o espaço da Auto Júlio vai ser mais uma loja de produtos chineses? Um negócio daqueles em que eles, com estratégias fáceis, conseguem não pagar impostos e inundar o mercado com produtos maus e baratos, na sua quase totalidade, feitos na China?

    Será que Peniche vai ter que esperar mais 10 anos até que acabe a renovação da exploração da bomba de gasolina da Galp e que seja necessário, para quem pode ou tenha oportunidade, ir pôr gasolina à Lourinhã ou às Caldas da Rainha?

    Com este negócio a Galp vai pagar ao GDP 260 mil euros ano durante dez anos. Quem vai pagar isto? A população de Peniche que, segundo dizem... está com problemas de dinheiro, emprego, alimentação, etc. Pois se está não parece ou quem deveria estar preocupado coma situação não dá sinais claros de que assim seja!

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