quarta-feira, 6 de março de 2013





A mim, por tudo o que me tem sucedido de bom nestes últimos dias, já me cheira a Primavera. À memória, boas recordações de todos os Amigos. Uns que já partiram e que recordo com muita saudade, outros que permanecem entre nós. Uns com problemas de saúde, outros felizmente com vidas normais. E é neste turbilhão de pensamentos, que gostaria de recordar dois em particular. Minha mãe e minha tia. Para elas um apontamento dum colega de carteira e amigo, Dr. Fernando Namora, cuja primeira professora foi a minha falecida avó, Maria de Lurdes ( Lulu ). Outro, Francisco Bernardo que pela primeira vez me levou a visitar a Galafura, terra da sua esposa, Maria Eulália, onde Adolfo Correia da Rocha, ( Miguel Torga ) escreveu muitos dos seus belos poemas.

Quando nasci, entre rendas e afagos egoístas,
Os rouxinóis, pela noite, namoravam a Primavera…

Os sinos  ficaram tolhidos e tristes
Como se os meus gritos lhe pesassem a alma.

Minha Mãe, nessa noite,
Sonhou com o aceno molhado dum lenço branco
Num dia de partida…

Ó Terra!
Porque não estoiraste nesse momento?

Fernando Namora



Depois do Inverno, morte figurada,
A Primavera, uma assunção de flores.
A vida
Renascida
E celebrada
Num festival de pétalas e cores.

Miguel Torga


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